sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cap 10 – Surpresas na Madrugada


 Essas coias inesperadas que acontecem vez ou outra em nossas vidas são as que mais nos reviram. Lia e Rikku enfim tem um momento para poderem conversar e aprofundar a amizade, mas e se eles descobrirem certas coisas que deveriam ter ficado guardadas?

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"Eles terminam o chá, e Lia prepara um banho para Rikku. Enquanto ele toma banho, ela arruma um colchão improvisado, para ele dormir no chão, ao lado de sua cama. Lia acaba se lembrando de seus antigos amigos, os gêmeos Toni e Tônia. Sempre que ela ia para casa deles, os três dormiam juntos na mesma cama. Ela sente saudades dessa época."

 Rikku da uma batidinha de leve na porta e a abre. Ele entra usando um pijama que Lia acha super lindo, com um monte de gatinhos desenhados na blusa de manga comprida, um short curtinho com uns babados fofos na perna, pantufas de patinhas, mas o que ela mais amou foi a touca com orelhas de gatinho.
– RI-CHAN! Que fofura! – Berra ela se aproximando dele para ver o pijama.
– Sua caipira, não precisa fazer todo esse alvoroço por conta de um pijama. – Responde ele emburrado.
– Muito fofo, amei! – Ela ainda fica em cima para ver o pijama e aperta uma das orelhas da touca.
– Sim o meu pijama, diferente do seu é muito fofo e estiloso. – Confirma ele se achando.
– Deixa de ser chato, eu só estou com uma blusa básica e um short básico, essas coisas fofas não ficam bem em mim, então nem tento usar. – Ela responde fazendo bico. – Mas... Nossa! Você parece tanto uma garota! Tão fofo!
 Rikku fica um pouco tímido e responde carrancudo. – C-cala a boca caipira! Não tenho culpa que você não sabe se vestir. – Ele vai perto dela, tira a touca de sua cabeça e coloca na de Lia.

– Pode ficar com ela. – Ele diz a Lia.
– J-jura? Mas essas coisas não ficam bem em mim e... – Antes dela terminar, ele a puxa de frente para um espelho grande que tem no quarto.
– O-o que? – Pergunta ela sem entender.
– Você está se vendo? – Pergunta ele sério.
– C-claro! – Ela responde emburrada.
– Então qual é o seu problema? Não vê que isso combina com você sim? Você é baixa, tem um rosto delicado, seu cabelo é muito bonito. Você parece uma boneca! Roupas fofas e delicadas combinam com você sim. Como você não vê isso? – Ele pergunta com um olhar mais sério, ainda olhando-a pelo espelho.
 Lia fica encabulada e sem saber como agir. – E-eu... Eu não...
– Você não o que? Droga! Para de se diminuir, como ainda se diz minha rival no amor? – Dizendo isso ele pega sua mochila que estava pendurada atrás da porta, e tira umas roupas de lá.
– Vamos, tire essa roupa brega e coloque isso! E isso. E isso. – Enquanto fala ele joga um monte de peças de roupas para Lia pegar.
– Mas... Ri-chan eu... – Ela hesita.
– Ahhh! Mas que droga! Caipira você é uma lesma. Tira logo essa roupa! – Ele diz isso puxando a blusa dela.
– P-para Ri-chan! Eu mesma faço isso, droga! – Ele se vira para o lado e ela tira as roupas.  Rikku deu uma blusa apertada na cor rosa claro, com entradas de patinhas na manga e com uma touca de orelhas de coelho embutida. Um short que tem um pompom na parte de trás simbolizando um rabinho. Um par de meias finas com fitas na coxa e uma pantufa de pata de coelho. Lia veste, mas se sente totalmente constrangida.
– Droga Ri-chaaaaan! – Ela reclama fazendo manha.
 Rikku a olha com os olhos brilhantes. – VIU! Eu disse que fica ótimo esse tipo de roupa em você!
– V-você acha mesmo? Não sei não...
– Esta duvidando do meu bom senso caipira? – Pergunta ele irritado.
– Hum... Não, claro que não... Mas, é por isso que essa sua mochila é tão grande, você barrotou de roupas! – Observa ela xeretando na mochila dele.
– Para de mexer na minha mochila, sua caipira xereta! – Ele puxa a pesada mochila de volta. – Você acha que eu ia sair para viajar e não levaria minhas roupas? Alias, pode ficar com essa combinação, ela ficou muito perfeita em você. E claro, devolve minha touca, afinal está muito frio hoje. E acho melhor irmos dormir, o dia foi cansativo, estou exausto – Diz ele empinando o nariz.
– Sim, estou bem cansada também... Mas deve ser difícil dormir com tantos acessórios... – Ela diz isso apagando a luz do quarto, ligando o abajur e deitando em sua cama.
– Para de reclamar de tudo, nem tem TANTOS acessórios assim, pelo jeito você não viu nada ainda, caipira. – Ele diz isso, e se joga na cama improvisada no chão. Lia ouve que fez um barulho e fica preocupada.
– R-ri-chan...?
– SUA CAIPIRA! Esse negócio está super duro e desconfortável! – Berra ele irritado com a mão no rosto.
– D-desculpa, é que não temos quartos extras e nem colchão extra... – Lia se defende.
 Rikku sobe na cama de Lia, o que a assusta.
– O-o que você está fazendo? – Ela pergunta assustada e se afastando.
– Não é óbvio? Eu não vou dormir naquele treco duro, vou dormir aqui com você, no conforto de uma cama quente.
– M-ma-ma-mas você é um garoto e-e-e-e...
– Qualé caipira, você acha que eu iria querer algo com você? Meu negócio é o Lain-sama esqueceu? – Ele diz isso se deitando ao lado dela.
– Mas... Eu não acho que...
– Relaxa, eu não vou fazer nada com você. Mesmo que você tenha ficado tão fofa nessa roupa, eu não estou interessado. Não se preocupe. – Diz ele, deitando do lado dela. Ele a olha com um sorrisinho. – A não ser que você esteja ficando interessada em mim.
– D-deixa de ser bobo! Eu g-gosto do Lain-sama! – Diz ela nervosa.
– Então está tudo bem? – Ele pergunta.
– H-hum... Sim... – Ela responde.
 Então eles se cobrem e ficam deitados virados de frente um para o outro. Como a cama de Lia é de solteiro, eles têm que ficar bem próximos, coisa que foi até de certo modo agradável, já que a noite está muito gelada.
– Lia, o que você acha de irmos amanhã para casa da sua avó? – Rikku pergunta de olhos fechados.
– Bem, eu também estava pensando nisso... Mas tem a Brenda-chan.
Rikku abre os olhos. – Se a gente ligar e explicar tudo pra ela, tenho certeza que ela não ficará contra. Damos o endereço da casa da sua avó e ela vai no sábado, e ainda a buscamos na estação.
– Bem, pensando por esse lado. Acho que realmente será mais fácil. Já que você não tem onde ficar, e eu não quero ter que aguentar minha prima esses dois dias...
– Então está decidido?
– É... Sim. – Lia confirma. – Só esperarmos a Amara ir deitar, eu deixo um recado, e vamos embora.
– Ok então... Boa noite... – Rikku vai ficando em silencio, até Lia reparar que ele dormiu. Ela se vira de barriga para cima e sente um pouco estranha, de estar dormindo assim, com um garoto, mas daí ela lembra que dormia assim com Toni e Tônia, e acaba ficando mais calma sobre o assunto. Afinal ela estava com saudades da época que tinha pessoas perto dela. De alguém dormir com ela, de conversar assim antes de adormecer. A única coisa que a perturba um pouco é o cheiro de maçã verde que exala de Rikku. Não é um cheiro ruim, pelo contrario, é muito agradável, mas ela sente algo estranho quando está envolvida por esse cheiro. Ela não sabe explicar o que é... É como se algo nela ficasse revirado, como se a hipnotizasse.
 Ela é surpreendida, quando Rikku coloca o braço em cima dela, e se aproxima a abraçando e diz sonolento. – Relaxa e dorme caipira. Eu já te disse que não vou fazer nada. – E ele volta a dormir, mas continua abraçado com ela. Lia fica um pouco mais tensa. Mas lembra que Rikku é seu amigo e além do mais é gay e gosta do Lain-sama. Ela também gosta do Lain-sama, não tem porque ficar perturbada assim... Ela adormece com esse envolvente cheiro de maçã.

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 Lia por se achar feia nunca reparou que pode muito bem atrair a atenção dos garotos por sua beleza inocente. Graças ao nosso irritadinho Rikku ela vai notar aos poucos que seu charme é fofo e agradável.
 A bela presença de Rikku mexeu de certa forma com nossa ingênua Lia. Cheiros tem um certo poder mágico de mexer com nossos sentidos, muitas vezes nos hipnotizando.
Muitas confusões de sentimentos no próximo capítulo, não percam!

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