sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cap 06 - Sentimentos Curiosos


 Algumas vezes na vida de uma pessoa ela acaba conhecendo outra pessoa com uma grande presença. E essa presença acaba marcando fortemente a alma da outra. Esses sentimentos acabam ficando bagunçados, porque aquela pessoa que a outra tanto implica, acaba ficando em sua mente e vice-e-versa. Será que a marca que Rikku deixou em Lia foi tão forte assim?

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"O cheiro de maçã acaba por acalmar Lia e seu choro diminui só sobrado praticamente os soluços e a respiração ofegante. Mas uma coisa deixou Lia curiosa, seu coração... O coração de Lia estava completamente disparado. Não como quando disparou por conta de Lain-sama... Agora é diferente, é mais intenso..."


– D-desculpe... Eu, eu... – Rikku tenta começar a dizer algo para Lia, mas ele ainda não sabe o que dizer muito bem e sussurra no ouvido de dela. – E-eu só... Eu só não quero perder o Lain-sama... Desculpe. Desculpe falar assim de você... Eu não fazia ideia... Desculpe... – Lia ainda chora, mas fica um pouco surpresa ao ouvir essas palavras de Rikku.
 Eles são surpreendidos por um dos professores. – Mas que gritaria e choradeira foi essa? Vocês podem estar no jardim, mas ainda assim estão na escola! Vamos agora para a direção!
 Lia para de soluçar e fica tremendo sem ação. Então Rikku improvisa. - Professor, o professor de história pediu para que escrevêssemos uma peça e a ensaiássemos para apresentarmos na sala... Então estávamos interpretando... – Rikku se levanta do chão, dando a mão para Lia se apoiar e se levantar também.
– Peça... Mas vocês têm noção de que estavam berrando? – Pergunta o professor dando sermão.
– Desculpe professor, nos deixamos levar pelo momento, pelo texto... – Rikku tenta explicar.
– Hum, ok então. Vou deixar passar dessa vez, mas, por favor... Da próxima vez que ensaiarem na escola sejam mais cautelosos, pois aqui é uma escola. Deixem para interpretarem assim no dia da peça. E agora vão logo para casa, pois já passou do horário, está quase escuro. Vão! – Diz o professor ainda olhando sério para eles.

– Obrigado professor! – Rikku agradece, e puxa Lia pela mão, á levando para o portão da escola. Lia ainda está um pouco abalada, e tremendo de leve, mas por alguma razão se sente segura, tendo sua mão segurada daquela forma por Rikku.
– Você está mais calma? Ainda está tremendo... – Rikku para e olha Lia com cara de preocupado.
– Eu estou melhor, só estou um pouco assustada ainda, mas... Mesmo assim obrigada por... Bem... Por ter inventado aquela história para o professor.
– Onde é sua casa?
– Ãh? No fim da rua do parque Midori, por que...? – Lia responde curiosa.
– Ok, eu vou te acompanhar até sua casa. – Diz ele sério.
– Ãh? Não é preciso, eu... – Lia é interrompida com Rikku pegando novamente sua mão, e a puxando em direção a rua da casa dela.
 Eles caminham em silencio, pela rua já escura. Lia se sente um pouco tímida, ainda pensando em tudo que aconteceu, ela teve um dia e tanto, super movimentado. Rikku bagunçou geral o seu segundo dia de aula. Mas uma coisa ela não podia negar, a mão dele, é tão quente e máscula, segura a mão de Lia tão firmemente, ela fica até um pouco perturbada por essa sensação. Quando ela se da conta já estão no fim da rua, praticamente de frente para sua casa.
– Qual delas é sua casa? – Rikku pergunta.
– Aquela... Aquela toda apagada com escada na entrada. – Responde Lia apontando para sua casa.
 Rikku a leva para frente da casa. Eles ficam parados uns instantes, ainda de mãos dadas. Até que Lia diz algo. – O-obrigada por me trazer até aqui.
– Você não tem que agradecer, foi tudo culpa minha mesmo... – Diz ele olhando para o lado.  Lia vai para frente de Rikku, e o olha nos olhos. – Você deve amar muito o Lain-sama para ter me tratado daquela forma né?
 Rikku fica um pouco tímido por ser olhado assim, diretamente. Ele não responde.
– Então vamos ter uma luta justa. Sem um interferir o outro. Ver quem vai conseguir roubar o coração do príncipe... Eu aceito o desafio que você propôs! Obrigada por me trazer até aqui! Eu vou dar tudo de mim – Lia diz sorrindo.
 Rikku a olha e sorri também. Ele solta a mão de Lia, e a mesma vai para a porta e entra. Rikku some na noite.
 O dia de Lia foi tão intenso. Na sua antiga cidadezinha ela nunca tinha vivido tanta coisa em um dia só. Novamente com a casa vazia Lia entra e vai para o quarto e joga sua mochila na escrivaninha. Ela deita em sua cama e adormece com aquele cheiro de maçã verde impregnado na sua alma.
(...)
 Na manhã seguinte Lia acorda bem cedinho, e aproveita para ir mais cedo para a escola, já que o dia amanheceu bonito, com um belo sol. Ela arruma suas coisas, como terá aula de natação, ela coloca seu maiô na mochila.
 Assim que abre a porta, sente aquela brisa gostosa da manhã, com o calor do sol. Lia vai caminhando devagar, olhando a paisagem. Ela ainda não conhece todo o bairro, e essa foi a primeira vez que o olhou e viu como é bonito.
 Ela para de frente ao parque, fecha os olhos ouvindo o barulho das folhas das arvores esvoaçando com o vento. E esse mesmo vento traz um cheiro conhecido. O cheiro de maçã verde. Lia abre os olhos e se surpreende ao ver que Rikku, esta parado de frente para ela.
– B-bom dia. – Diz ele olhando para o lado, um pouco tímido.
– Bom dia... O que você está fazendo aqui? – Pergunta Lia curiosa.
– Bom, eu moro do outro lado do parque, então pensei em esperar você, para saber se está
melhor... – Diz ele, ainda desviando o olhar.
 Lia sorri.
– O-o que foi? – Pergunta Rikku de cara amarrada. Lia começa a andar. – Nada, só estou surpresa. – Rikku começa a andar junto.
– Rikku, você não precisa se sentir culpado por conta de ontem. Esta tudo bem mesmo. – Lia tenta explicar, ela reparou que ele estava se sentindo culpado, por ela ter chorado tanto.
– Eu não estou preocupado com você. Esqueceu que somos rivais? Eu tenho que ficar de olho nos seus movimentos, han. – Diz ele franzindo a testa, de olho fechado, empinando o nariz. Lia fica feliz por enfim eles poderem estar se dando bem. Ela não aguentava mais ficar brigando na escola. É bom ter amigos, ela tem a Brenda e agora o Rikku.
 Eles chegam à escola e entram na sala.
– Lembra que hoje temos que começar o trabalho. – Diz Rikku se sentando em seu lugar.
– Ahh, sim, claro. – Responde Lia também se sentando.
– Lia-chan, Rikku-chan! Bom dia! – Era Brenda quem vinha toda feliz sorrindo, cumprimentado os amigos.
– Bom dia Brenda-chan! – Diz Lia toda sorridente.
– Bom dia. – Responde Rikku.
– Lia-chan hoje parece mais animada. – Observa Brenda.
– Ah, haha, é né. – Lia fica um pouco encabulada lembrando-se das coisas de ontem.
– É claro que ela está alegre. Está tentando disfarçar o barraquinho de ontem. – Marielle novamente se intromete provocando Lia.
– “Barraquinho”...? – Brenda fica sem entender.
 Lia e Rikku olham de cara feia para Marielle.
– Pensa que o professor estava sozinho ontem? Eu estava na escola ainda, com ele, resolvendo um problema... E claro. Ouvi o showzinho que vocês dois deram. – Explica, toda convencida.
– Lia-chan, Rikku-chan... – Brenda olha para os dois sem entender. – Parece que meu professor chegou, vou para minha sala, depois me expliquem isso ok? – E ela sai da sala.
– Nossa garota, enquanto você não levar umas bifas você não vai aprender não é? – Pergunta Rikku super revoltado.
– E quem vai me dar umas “bifas”, você? Seu gay nojento! – Responde toda irritada.
– Bem, vejo que vocês começaram o dia bem empolgados, será que terei que passar mais trabalho para aprenderem a respeitar as aulas? – Pergunta o professor.
 Eles se calam, e assistem à aula em silencio.
 Depois de passar algumas aulas, o sinal toca anunciando o intervalo.


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 Lia e Rikku, amigos ou não? Bem, Lia como é uma garota tímida mas muito amiga, quer muito fazer amizade com Rikku, mesmo ele sendo um rapaz difícil de lhe dar. Ele sempre parece emburrado e em busca discussões, mas na verdade ele só tem dificuldade em dizer o que realmente pensa.
Será que o cheiro de maçã verde vai deixar a nossa pobre Lia doida?
Não deixe de ler o próximo capitulo!

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